Saiba um pouco mais sobre este nobre espírita contemporâneo e amigo de Allan Kardec.
Camille Flammarion (1842-1925), “o poeta das estrelas”
Nicolas Camille Flammarion nasceu em Montigny- Le-Roy, França, no dia 26 de fevereiro de 1842, e desencarnado em Juvisy no mesmo país, a 3 de junho de 1925.
Flammarion em galo-romano significa “Aquele que leva a luz”
O termo Galo-Romano descreve a cultura romanizada da Gália sob o controle do Império Romano. Ela foi caracterizada pela adoção ou adaptação por parte dos gauleses dos costumes e modo de vida romanos.
Nicolas Camille Flammarion foi um homem cujas obras encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro filhos, entretanto, desde muito jovem se revelaram nele qualidades excepcionais. Queixava-se constantemente que o tempo não lhe deixava fazer um décimo daquilo que planejava. Aos quatro anos de idade já sabia ler, aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já dominava rudimentos de gramática e aritmética.Tornou- se o primeiro aluno da escola onde freqüentava.Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram-no a aprender latim com o vigário Lassalle. Aí Flammarion conheceu o Novo Testamento e a Oratória.
Em pouco tempo estava lendo os discursos de Massilon e Bonsuet. O padre Mirbel falou da beleza da ciência e da grandeza da Astronomia e mal sabia que um de seus auxiliares lhe bebia as palavras. Esse auxiliar era Camille Flammarion.
Nas aulas de religião era ensinado que uma só coisa é necessária: "a salvação da alma", e os mestres falavam: "De que serve ao homem conquistar o Universo se acaba perdendo a alma?".
Seus livros repletos de ciência, filosofia e poesia granjearam a admiração em todo o mundo.
É nesta época que recebe de um septuagenário de Bordeaux, a doação de uma imensa propriedade onde após dois anos de obras, instala o seu Observatório de Juvisy.
O Observatório de Juvisy foi fundado por Flammarion em 1883, onde passou a realizar seus trabalhos nas áreas de astronomia, climatologia e meteorologia.
Em 1896 descobriu o chamado "Ciclo de Flammarion", período de 54 anos no qual se repetem nas mesmas regiões da Terra os eclipses do Sol.
Mais sobre Camille Flammarion
- Camille Flammarion - o explorador e o revelador dos céus - foi quem popularizou a Astronomia. Suas obras foram traduzidas em quase todas as línguas, existindo, também, na França, centenas de Grupos Espíritas, que levam o seu nome.
- No Brasil, onde sua figura, como espírita e astrônomo, é bastante conhecida, três observatórios o homenagearam com o seu nome: Observatório Astronômico Camille Flammarion localizado na cidade de Matias Barbosa (MG), fundado por Nelson Alberto Soares Travnik, Fausto Andrade e Rui Alves, em 6 de março de 1954; Observatório Popular Flammarion de Fortaleza (CE), fundado pelo astrônomo e escritor Rubens de Azevedo em 1947 e o Observatório Camille Flammarion de Vitória (ES), fundado pelo astrônomo Walace F. Neves.
- Como não poderia deixar de ser, mais tarde Flammarion teve seu nome perpetuado em uma cratera lunar.
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- Camille Flammarion, foi sem dúvida alguma, um desses espíritos que, de quando em vez, reencarnam em nosso orbe, a fim de auxiliar seus irmãos em experiência a darem mais um passo rumo ao infinito.
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- Mas, no seu caso, temos mais alguma coisa a acrescentar: ele fazia parte, também, do mesmo grupo de espíritos a que integrava Allan Kardec e, por isso, sua vinda à Terra se deu à mesma época em que viera o mestre lionês, a fim de tomar parte, aqui, da equipe da Terceira Revelação
- liderada por ele, desempenhando tarefa definida no campo da astronomia. Eis porque no seu trabalho, notadamente no que versa sobre a Uranografia Geral, procurou demonstrar que Deus não criou mundos somente para servir de habitat a outras criaturas que passam por eles, na trajetória infinita de sua evolução.
- Na beira do túmulo de Kardec, quando o mestre baixava à sepultura, Flammarion proferiu o célebre discurso, que está inserido no livro "Obras Póstumas", exaltando a figura incomparável daquele que legara à posteridade a consoladora Doutrina ditada pelos Espíritos, pronunciando, na oportunidade, a conhecida frase: "Ele, porém, era o que eu denominarei simplesmente O BOM SENSO ENCARNADO".
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Primeiros Contatos de Camille Flammarion com o Espiritismo.
| Camille Flammarion, diariamente, ao retornar ao domicílio de seus parentes, passava pelo Odéon e, como os demais bibliógrafos e pesquisadores, detinha-se nas galerias desse teatro para folhear as publicações mais em evidência. Num dia de novembro de 1861, abrindo uma delas, seus olhos incidiram sobre uma página que ostentava o título "Pluralidade dos Mundos". "Ora, precisamente nessa época" - diz-nos Flammarion - "eu trabalhava numa obra referente a tal assunto, que seria lançada no ano seguinte". A publicação por ele aberta era "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. O que mais o intrigou é que a origem das informações esta atribuída a espíritos, o que ele resolveu verificar.
Refeito da surpresa, levou o volume e leu-o com a sofreguidão de sempre, característica de sua imensa sede de conhecimento, |
Procurou Allan Kardec e passou a assistir as reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, onde exercitava-se semanalmente na "escrita automática" juntamente com outros médiuns, entre eles, o jovem Theóphile Gautier. Na Sociedade ele obteve diversas mensagens assinadas por Galileu, algumas das quais Kardec inseriu em "A Gênese".
Pouco tempo depois, o mestre, o convidou a ingressar na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, como "Membro Associado Livre". Flammarion declara, sem esconder sua justa satisfação, que o respectivo documento de inscrição, datado de 15 de novembro de 1861, fora assinado pelo próprio Presidente, Allan Kardec.
Flammarion frequentou, também, as sessões de uma médium de efeitos físicos, Mme. Huet, onde também iam pessoas famosas como Victorien Sardou e o livreiro Didier. Em suas memórias ele registra que viu a mesa erguer-se inteiramente, sem causa aparente. Observou ditados que "não podem ser explicados por atos voluntários das pessoas presentes". (FLAMMARION, 1911. p. 225).
Outro grupo importante com que o jovem Flammarion parece ter tido contato, por via literária e pessoalmente, é o grupo de Victor Hugo.
Suas publicações foram sendo resenhadas por Kardec na "Revue", geralmente bem acolhidas e elogiadas por ele. A impressão que Flammarion transmite ao leitor em sua biografia é a de uma certa predileção de Kardec por ele. Na página 239 de suas Memórias ele transcreve uma carta de um espírita que houvera assistido a uma das conferências do codificador em Bordeaux onde Kardec teria feito elogios públicos a um jovem de pouco mais de dezoito anos (que seria ele próprio).
Dúvidas com Relação à sua Própria Mediunidade
Após algum tempo, que Flammarion não precisa bem em seus registros, ele passa a ter dúvidas acerca da própria mediunidade e dos fenômenos de escrita automática. Esta dúvida o perseguiria durante toda a sua vida. O que nos aparenta, dada a leitura de suas publicações, não é que o astrônomo francês houvesse negado a existência dos espíritos e a sua comunicabilidade, mas suas dúvidas diziam respeito à identificação entre comunicações predominantemente anímicas das comunicações mediúnicas.
"Eu não demorei a observar que as nossas comunicações mediúnicas refletiam simplesmente nossas idéias pessoais, e que Galileu por mim, e que os habitantes de Júpiter por Sardou, são estranhos a estas produções inconscientes dos nossos espíritos" (FLAMMARION, 1923).
Durante a época em que redigia suas memórias, Flammarion se apresenta como uma pessoa ressentida com o movimento espírita da época, especialmente com os que adotam a postura de crédulos e que parece terem se voltado contra suas idéias de parcimônia científica para com as pesquisas espíritas. Mesmo assim, ele admite a existência de "forças desconhecidas e faculdades da alma ainda inexplicadas". (FLAMMARION, 1911. p. 225).
"Há espíritas de uma fé cega, que estão certos de estar em comunicação com os espíritos. Não há argumentação entre eles. Estes não me perdoam de não partilhar de forma alguma de suas certezas, que se tornam crenças religiosas em suas casas. Mas há entre estes, outros que compreendem que apenas o método científico nos pode conduzir ao conhecimento da verdade. Estes se tornaram meus amigos" (FLAMMARION, 1911. p. 239).
Em algumas de suas publicações persegue tão tenazmente as hipóteses anímicas que deixa a impressão de estar negando a existência do espírito.
Léon Denis, segundo a pena dedicada de Zêus Wantuil, tece alguns comentários que transcrevemos abaixo:
"E também Camille Flammarion teve suas horas de incertezas. Nos fizeram notar que na última edição do seu livro - As Forças Naturais Desconhecidas - publicada em 1917, mostra uma tendência a explicar todos os fenômenos apenas pela exteriorização do médium". (DENIS, 1918. p. 135).
Carlos Imbassahy (1951, p. 111-112) considera que Flammarion eleva a ciência a uma posição ímpar, procurando com seus métodos equacionar as questões do espírito.
"Ora, Flammarion é um simples cientista, que só no último quartel de suas experiências admitiu a comunicabilidade dos mortos. Não se trata, nunca se tratou de um doutrinador. A Ciência para ele era tudo. A certeza de que o fenômeno psíquico era devido à alma dos defuntos custou-lhe uma existência de trabalhos, de lutas, de verdadeira violência às suas antigas convicções. (...) Não se lhe podia pedir muito, nem pedir mais."
Apesar destes "senões", Flammarion, após uma vida de estudos psíquicos, não deixa dúvidas quanto à sua convicção, baseada em fatos, na sobrevivência e personalidade da alma humana. O astrônomo francês é enfático em sua defesa da imortalidade do espírito em "A Morte e Seu Mistério", do qual transcrevemos o seguinte parágrafo:
"Esses fatos, devidamente comprovados, provam que a morte não existe, que é apenas uma evolução, sobrevivendo o ente humano a essa hora suprema, a qual não é de modo nenhum a última hora. Mors janua vitæ: a morte é a porta da vida. O corpo é somente um vestuário orgânico do espírito; ele passa, muda, desagrega-se: o espírito permanece. (...) (FLAMMARION, 1922c. p. 323)
Em sua publicação mais próxima da desencarnação , o livro "As Casas Mal Assombradas", Flammarion sustenta uma polêmica com autores franceses que resistem à idéia da imortalidade da alma, marcando, sem deixar dúvidas, a sua posição.
"Se o Universo é um dinamismo, se o Cosmos bem justifica seu nome (ordem), se o mundo desconhecido é mais importante que o conhecido, se há forças inteligentes e seres invisíveis, devemos preferir ao negativismo de Naquet, Berthelot, Le Dantec, Littré, Cabanis, Lalande, Voltaire, às convicções de Hugo, Pasteur, Ampère, G"the, Euler, Pascal, Newton, espiritualistas, de vez que estes atravessam a crosta das aparências e descobrem, na análise das coisas, o dinamismos invisível, fundamental." (FLAMMARION, 1923. p. 320)
O próprio Léon Denis, quando convidado por Jean Meyer para ser presidente do III Congresso Espírita Internacional (Paris-1925), recusou, tendo como certo que Flammarion o seria. Foi necessário que o espírito Jerônimo lhe dissesse, sem explicar, que ele não estaria lá. Flammarion certamente estaria, se não fosse colhido pela visita da morte.
Há que se compreender, nos dias de hoje, as pressões pelas quais Flammarion não deve ter passado, seja no meio científico, seja no meio espírita. Ainda nos dias de hoje procuram descaracterizar ou desvalorizar sua obra espírita. Veja o lamentável comentário de Pierre Grimal, que se intitula professor da Sorbonne:
"...Dedicou igualmente vários trabalhos aos delicados problemas atinentes à vida e ao destino humanos, mas sua obra neste campo carece muitas vezes do rigor científico indispensável." (GRIMAL, 1969. p. 533)
Questões Religiosas e o Discurso no Túmulo de Kardec
Durante seus estudos clássicos, Flammarion foi introduzido ao pensamento cristão, sob a ótica do Catolicismo. Em suas memórias ele indica as reservas que foi fazendo aos dogmas da Igreja. Servindo-se da razão, ele questiona o pecado original, o mito de Adão, a idéia de redenção e a descendência davídica de Jesus ante o episódio da concepção. Com este espírito crítico, ele não poderia seguir a carreira eclesiástica, como desejava sua mãe, sem graves conflitos.
A posição que Flammarion guardou, com relação às idéias religiosas, para o resto da vida, foi de reserva. Quanto ao Catolicismo, ele rejeitava o posicionamento teológico dogmático, mas reconhecia um valor afetivo e moral, bem como o papel da filantropia para a sociedade.
As idéias positivistas, especialmente as referentes ao conceito e papel da ciência no conhecimento, marcaram seu espírito. O empirismo de braços dados com a razão, a construção das teorias a partir da observação dos fatos, o questionamento de qualquer sistema calcado em postulados apriorísticos e o uso da matemática na análise dos fenômenos são uma constante na construção do seu pensamento, seja nas pesquisas astronômicas, seja nas pesquisas psíquicas.
Com estas "marcas", Flammarion adotou uma postura reservada na análise dos fenômenos espíritas.
Quando proferiu seu discurso no túmulo de Kardec, ele reconheceu o trabalho do codificador, considera-o "o bom-senso encarnado", mas propôs-se a desenvolver o aspecto científico do Espiritismo.
"Conforme o seu próprio organizador previu, esse estudo, que foi lento e difícil, tem que entrar agora num período científico. Os fenômenos físicos, sobre os quais a princípio não se insistia, hão de tornar-se objeto da crítica experimental, a que devemos a glória dos progressos modernos e as maravilhas da eletricidade e do vapor. (...) Porque, meus Senhores, o Espiritismo não é uma religião, mas uma ciência, da qual apenas conhecemos o a, b, c. Passou o tempo dos dogmas." (FLAMMARION, 1869)
Uma curiosidade que encontramos na Revista Espírita foi que o discurso impresso nas Obras Póstumas e no volume de 1869 traduzido por Júlio Abreu Filho é apenas um excerto do discurso original, que teria sido publicado em forma de uma brochura de 24 páginas.
Na suas memórias Flammarion afirma ter sido convidado a presidir a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, mas tê-lo declinado. Ele se explica da seguinte forma:
"O comitê me ofereceu suceder a Allan Kardec como presidente da Sociedade Espírita. Eu recusei, dizendo que nove décimos dos seus discípulos continuariam a ver, durante muito tempo ainda, uma religião mais que uma ciência, e que a identidade dos "espíritos" estava longe ainda de ser provada." (FLAMMARION, 1911. p. 498)
Esta citação, mas principalmente a que é transcrita abaixo, mostram como se discutia o caráter religioso do Espiritismo à época de Kardec. Neste primeiro momento Flammarion usa do termo religião para caracterizar "crença", com um tom crítico devido ao tema isolado da identificação dos espíritos. Entretanto, havia uma pretensão de se constituir uma religião a partir de conhecimentos demonstrados pela ciência. Kardec rejeitava a idéia de culto organizado, hierarquias, etc. comumente atreladas ao conceito de religião. Mas, possivelmente, compartilharia com Flammarion a idéia abaixo:
"A existência do Espírito na Natureza, nas leis do cosmos, no homem, nos animais, nas plantas é manifesta. Ela deve bastar para estabelecer a religião natural. E tal religião será incomparavelmente mais sólida que todas as formas dogmáticas. Os princípios da justiça se impõem com a mesma autoridade, e Confucius, assim como Platão e Marco Aurélio, antecipam a base desta religião." (FLAMMARION, 1911. p. 99)
Finalizando:
Dos colaboradores de Kardec, Camille Flammarion foi o que mais valorizou a construção do conhecimento espírita a partir da metodologia empírica e positivista. Como conseqüência desta sua postura ele passou anos de sua vida buscando fatos, sobre os quais construiu a convicção na imortalidade da alma, na comunicabilidade dos espíritos e na existência de faculdades extra-sensoriais nos homens, o que frutificou-se na Metapsíquica de Richet e posteriormente na Parapsicologia de Rhine.
Esta sua visão de ciência e as suspeitas que passou a ter para com os aspectos filosóficos e religiosos do Espiritismo não o tornaram, contudo, um iconoclasta, aos moldes de alguns críticos contemporâneos do aspecto religioso do Espiritismo. Suspeitando do método de Kardec, Flammarion lançou-se ao estudo continuado da fenomenologia espírita, oferecendo-nos, quando desencarnou, uma obra que tornou mais sólidas as bases científicas da doutrina espírita. Quem sabe estes últimos não possam ter suas idéias arejadas pelo pioneirismo do astrônomo francês e redirecionar suas ações em uma cruzada de construção e consolidação.
Crítico dos sistemas religiosos e das verdades misteriosas bastante difundidos em sua época, Flammarion se rendia ao espírito religioso e à construção de uma religião natural, sem dogmas, sem mistérios e sem sobrenatural, como o pensava Allan Kardec.
A obra espírita de Flammarion sustentou e alimentou diversas gerações de espíritas em nosso país, foi uma fonte importante nas discussões que o movimento espírita brasileiro teve de sustentar com diversos segmentos científicos e políticos de nossa sociedade para manter o direito constitucional de existir.
É fundamental que a geração nova, que vem adquirindo as bases do conhecimento espírita nas muitas mocidades e juventudes de nosso país, assim como aos muitos grupos e reuniões de estudo sistematizado do Espiritismo que não olvidasse a obra deste cientista espírita.
Saudamos com estas poucas linhas a memória e a obra do mais polêmico dos espíritas franceses contemporâneos de Kardec.
Desencarne:
Camille Flammarion partiu da vida para a história nos braços da esposa Gabrielle, na Biblioteca do Observatório na tarde do dia 3 de junho de 1925.
Na manhã ensolarada desse dia, com a esposa a visitar os jardins do Observatório, onde a vida irradiava nas flores e nos cantos dos pássaros, disse: "Que mistério é a vida, que mistério é a morte..." Flammarion foi enterrado nos jardins do Observatório de Juvisy. Todos os anos na data do seu desencarne, membros da Sociedade Astronômica da França reúnem-se à volta de seu túmulo para reverenciar sua memória e os ensinamentos legados a todos os que cultuam a ciência do céu. Flammarion é sem dúvida alguma o astrônomo que mais despertou mentalidades voltadas a Astronomia. | |
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