...Que Deus lhe de em DOBRO tudo o que me desejar!!!

ॐ O DEUS em meu coração saúda o DEUS em seu coração..seja você quem for!!! O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você!.. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti!.. O Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você!.. A minha essência saúda a sua essência!!








segunda-feira, 29 de agosto de 2011

“Qual o pior sentimento? O rancor...Qual o sentimento mais belo?.. O perdão.”



Perdoar não é um ato, uma palavra. O perdão é o final de um processo mais ou menos longo – dependendo da evolução e vontade do espírito – que culmina com uma redenção: de quem perdoa e de quem é perdoado. É a maior expressão da liberdade, pois quem perdoa liberta-se do passado e de pesos emocionais desnecessários, que com o tempo se transformam em prisão.
Esse processo inicia-se com a disposição de enfrentar o assunto. Muitas pessoas sequer cogitam a possibilidade de perdoarem seus desafetos. Fixam obsessivamente o fato que as machucou e alimentam mágoas, ressentimentos, raiva, ódio e desejos de vingança. Um calabouço, cuja chave para liberdade está à mão. Portanto, o primeiro passo é abrir-se. É experimentar, tentar superar essas barreiras emocionais, visualizar a vida que existe além dos muros do cárcere.
Mas não basta abrir-se, importante também se desarmar. Às vezes a pessoa até aceita falar a respeito, mas já tem sua opinião formada, suas verdades imutáveis, sua questão fechada, sua justificativa para não perdoar. Finge ouvir as ponderações contrárias, mas não as considera realmente. 
O mais importante passo é buscar compreender o que aconteceu. Não a palavra, o ato ou a situação – isoladamente - que lhe machucou. É preciso ampliar o enfoque. Voltar um pouco, nos fatos e na história das pessoas envolvidas. Lá atrás sempre se encontram motivos que explicam muita coisa, embora possa ser confortável para você dizer que “isso não justifica.”
Quem agride, desrespeita, machuca o outro está precisando de ajuda. Muitas vezes a agressão é o estágio final de uma enfermidade do espírito.

Jesus advertiu que quem julga o outro a si próprio está julgando e estabelecendo os critérios de julgamento. Quanto mais duros formos com as faltas alheias, mas as nossas serão valorizadas no Tribunal Divino.

Fundamental é ter humildade. Muitas vezes nós que demos causa, outrora, a um início de desentendimento que, mais tarde, motivou a situação que nos desagradou, mas esquecemos e imputamos toda responsabilidade ao outro. É mais fácil, mais cômodo. Reconhecer o próprio erro é muito difícil. Mais fácil é apontar “o cisco no olho do outro.” 

Não raro por trás da negativa de perdão há menos dano real e muito orgulho. Quase sempre é o orgulho que impede que perdoemos. Aliás, muitas vezes a pessoa até se convence que tudo foi um mal entendido ou um mal menor, mas recusa-se a “dar o braço a torcer”, prefere procurar outros motivos para manter a posição, ao invés de ser mais humilde e buscar uma reaproximação. Um pouquinho de humildade não faz mal para ninguém. Facilite a reconciliação. Interprete o pedido de desculpas ou simples sinais implícitos de gentilezas como um pedido de perdão. Para demonstrar nosso amor, não precisamos dizer eu te amo. Por que exigimos que a pessoa verbalize o pedido de perdão? Ele pode estar num sorriso amável, no silêncio respeitoso, no olhar compassivo, na gentileza gratuita

Em verdade, devemos valorizar nossos desafetos. Todos somos filhos de Deus. Portanto, por mais que isso lhe incomode, seu desafeto também tem procedência e a centelha divina e, não raro, tem muitas virtudes, algumas das quais você sequer desconfia e outras tantas que você ainda não adquiriu. Você pode ser mais evoluído em algumas coisas e seu desafeto bem mais evoluído que você em outras. Portanto, ele tem aspectos apreciáveis. Ele errou, mas não é o próprio erro. É preciso olhar o outro como um todo e não resumi-lo a um deslize.

Entenda que seu desafeto não precisa ser seu amigo, mas tampouco precisa ser seu inimigo mortal. Não haja de cabeça quente. Se você ainda não consegue perdoar, esqueça. Não fique valorizando, justificando seu ressentimento, pois isso só lhe dá mais força. E – em hipótese alguma – se vingue. A vingança não é um prato para se comer frio. É um compromisso para ser pagar noutra temperatura.

A espiritualidade superior não cansa de repetir: pague o mal com o bem. De alguma forma e em algum momento a vida lhe dará oportunidade de ser gentil, útil ou bondoso com seu desafeto. Não perca essa oportunidade. Mas não faça isso para se mostrar superior, faça como uma chance de reconstruir a relação, ainda que noutro nível. 

Francis Bacon ensina: “A mais alta vingança de uma injúria é o esquecimento.”

Existe, à propósito, um texto belo onde Madre Tereza de Calcutar responde a perguntas diretas. Duas chamam atenção: “Qual o pior sentimento? _ O rancor. Qual o sentimento mais belo? _ O perdão.”

Certa vez um repórter perguntou à Gandhi se ele tinha perdoado um agressor. Mahatma Gandhi respondeu: _ Não perdoei. Todos ficaram surpresos e ele completou: “_ Não perdoei porque nunca me senti ofendido.”

“Nunca te arrependerás:- De teres freado a língua, quando pretendias dizer o que não convinha....- De teres pensado antes de falar.......- De teres perdoado aos que te fizeram mal....- De teres suportado com paciência faltas alheias....- De teres sido cortês  com tudo e com todos.”


Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão. A raiva é semelhante a uma labareda, ou um raio. Pode provocar danos incalculáveis. É inesperada. O rancor é calculado. É necessário que aprendamos a colocar um para-raio e evitemos os tóxicos do rancor.
Seja gentil com você. Ame-se. Não permita que ninguém torne sua vida insuportável, nem para você, nem para os outros.




Fontes:  http://visaoespirita.blogspot.com
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

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