...Que Deus lhe de em DOBRO tudo o que me desejar!!!

ॐ O DEUS em meu coração saúda o DEUS em seu coração..seja você quem for!!! O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você!.. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti!.. O Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você!.. A minha essência saúda a sua essência!!








sábado, 28 de julho de 2012

.....Lendo, eu caço a mim e atiro em mim....

O livro não permite que fiquemos sem nos escutar.
A leitura faz eu mirar em mim e acertar no que eu
nem sabia que também sentia e pensava.

E, por outro lado, me ajuda a matar tudo o que

pode haver em mim de limitante:
preconceitos, ideias fixas, hipocrisias, solenidades,
dores cultuadas.
Lendo, eu caço a mim e atiro em mim. ~


Martha Medeiros



 "Quem não se interessa por livros perde a chance de sonhar."

 "Cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita." ~Leonardo Boff



 "Na cama, à noite, enquanto penso em meus muitos pecados e em meus defeitos exagerados, fico tão confusa pela quantidade de coisas que tenho que analisar que não sei se rio ou se choro, dependendo do meu humor. Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser. Minha nossa, agora estou confundindo você também." O Diário de Anne Frank


 "E na biblioteca eu percebi a imensidão do mundo.
Tinha tudo ao meu alcance, todas as idéias, as histórias, as aventuras, as mentiras, o passado e o futuro, o amor e o ódio, o perigo e o crime, mas muita felicidade a cada palavra impressa nas páginas de cada livro. E esse mundo me fascinou. Queria morar ali"
(Desconhecido)


 Quem és tu que me lês?
És o meu segredo ou sou eu o teu?

Clarice Lispector




 "Um livro é um mundo mágico cheio de pequenos símbolos que podem ressuscitar os mortos e dar vida eterna aos vivos. É incrível, fantástico e “mágico” que as vinte e seis letras do alfabeto possam ser combinadas de tantas maneiras, que elas possam encher com livros estantes gigantescas, levando-nos para um mundo que nunca tem fim e nunca cessará de crescer e se expandir, enquanto na Terra existirem humanos."

A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken (p. 148)
Jostein Gaarder


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Vamos costurar.....



A gente podia poder costurar o tempo,
bordando em cima dos erros para que eles sumissem.
Costurar as pessoas que gostamos pertinho.
Costurar os domingos, um mais perto do outro.
Costurar o amor verdadeiro no peito de quem a gente ama.
Costurar a verdade na boca dos seres.
Costurar a saudade no fundo de um baú para que ela de lá não fuja...
Costurar a auto-estima bem alto, pra que nunca ela caia.
Costurar o perdão na alma e a bondade na mão.
Costurar o bem no bem e o bem sobre o mal.
Costurar a saúde na enfermidade e a felicidade em todo lugar e ir costurando a vida, um pouquinho de esperança em cada dia e muita coragem em cada ser humano.
Janaína Cavallin


segunda-feira, 23 de julho de 2012

O TEMPO E AS JABUTICABAS (Rubem Alves)

'Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão-somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'

sábado, 21 de julho de 2012

A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata... Virginia Woolf

Entretanto sou incapaz de dizer o que é que eu quero, apesar de ansiar pelo que espero de alguma forma secreta. Pois, muitas vezes, e com frequência cada vez maior, à medida que o tempo passa, dou comigo de repente a interromper minha andança, como se eu fosse paralisada por um olhar estranho e novo sobre a superfície da terra que conheço tão bem. Um olhar que insinua alguma coisa; mas que se vai antes de eu perceber seu sentido. É como se um riso nunca visto furtivamente se estendesse num rosto bem conhecido; por um lado dá medo, no entanto por outro ele nos faz um sinal.

Virginia Woolf, Conto "O diário de mistress Joan Martyn




Em seu último bilhete para o marido, Leonardo Woolf, Virginia escreveu:

Querido,Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.V.

 
Carta original de despedida de Virginia Woolf


 
Este é o nosso mundo, iluminado por meias- luas e estrelas luzentes, e grandes pétalas semi transparentes fecham as aberturas como janelas roxas...tudo é estranho. As coisas são imensas e diminutas.. Os caules das flores são grossos como carvalhos. Folhas altas como cúpula de vastas catedrais.....somos gigantes aqui deitados, capazes de fazer com que tremam as florestas...
 do livro As Ondas - Virginia Woolf 

 Por que não abandona tudo por um ano, e viaja? Veja algo do mundo. Não se contente em viver toda a sua vida com meia dúzia de pessoas numa estrada...

Virginia Woolf. Noite e Dia.

Tradução de Raul de Sá Barbosa, Ed. Círculo do Livro, p. 114

domingo, 15 de julho de 2012

Dostoiévski ..




......Quando olho para o passado e compreendo quanto tempo perdi em vão, quanto perdi com equívocos, com erros, na ociosidade, na inabilidade para viver, como deixei de apreciá-lo, quantas vezes pequei contra meu coração e minha alma, meu coração se põe a sangrar.
A vida é uma dádiva, a vida é uma felicidade, cada minuto poderia ser uma eternidade de felicidade.

Fragmento de sua Filosofia de Giuliano Cézar.


“Geralmente não encontro quem goste de mim. Mas sonho todos os dias que, em alguma ocasião, em algum lugar, hei de encontrar e hei de conhecer alguém… Ai, se soubesse quantas vezes me apaixonei, só em imaginação!

- Mas como é possível? E por quem?


- Por ninguém, concretamente, apenas por um ideal que aparece nos meus sonhos. Eu, em sonhos, imagino novelas completas.”


"Noites Brancas" Dostoiévski pág.22



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Que a vida é um dia...um dia sem culpa!!!


Vai, pode falar, pode escrever

Eu vou me entregar

No meu lugar, quem não faria?

Diz que é loucura, diz que é besteira, mas eu não vou ligar

Não tente entender

E o tempo dirá

A sina é sonhar

Que eu pago pra ver

Qual meu lugar

Que a vida é um dia

Um dia sem culpa

Um dia que passa aonde a gente está

Ah, se eu tenho tanto a perder

Eu perco é o medo do que a sorte lê

Sabe o que quer

Sabe quem tem o que se quer...

 O que se quer!!!participação de Rodrigo Amarante. O ex-Los Hermanos, adorei essa música gostosa de ouvir onde eles vão falando sobre se entregar, afinal “a vida é um dia sem culpa”.

 Oitavo álbum,Marisa Monte O Que Você Quer Saber de Verdade, cheio de parcerias e participações especiais.


Todas as músicas são incríveis..amei

...Quando a alma tá mais leve..as palavras são doces...pensamentos sorriem....♥



Sem você a vida pode parecer
Um porto além de mim....

 

Todos temos segredos....

 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Madame Bovary....c'est moi

Acabei de ler...não gostei do livro, Emma Bovary é uma personagem que desperta amor e ódio.
Só posso dizer que odiei Emma do início ao fim do livro. Ela é daquele tipo de pessoa que não se contenta com o que tem. Vive buscando fantasias atrás de coisas irreais. Eu achei a personagem muito egoísta e fria.


Madame Bovary é o romance mais conhecido de Gustave Flaubert, que o levou a ser julgado por ofensa moral e religiosa. Ao se defender das acusações, pronunciou a famosa frase Emma Bovary c’est moi”. Nesse romance, o autor chega ao ápice da narrativa longa do século 19, e busca sempre a palavra exata para descrever os cenários e a mente de seus personagem. É considerada por alguns autores como a primeira obra da literatura realista.



 O romance conta a história de Emma, uma mulher sonhadora pequeno-burguesa, criada no campo, que aprendeu a ver a vida através da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um médico interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento da filha dá alegria ao indissolúvel casamento ao qual a protagonista se sente presa. Emma, cada vez mais angustiada e frustrada, busca no adultério uma forma de encontrar a liberdade e a felicidade. 
Sempre entediada, e acreditando que a vida foi feita para ser vivida ao máximo. Após cada uma das suas conquistas, ela percebe que a realização do sonho não lhe trouxe a satisfação necessária, e assim segue sucessivamente em busca de emoções extremas, encontrando apenas o prazer momentâneo seguido pelo tédio.
Madame Bovary pode ser vista como uma esposa entediada que torna-se adúltera ou como uma mulher que teve coragem de ultrapassar os obstáculos que seu tempo impunha à sua liberdade para buscar o direito de ser feliz.

“Contudo, não era feliz, nunca o havia sido. De onde vinha, pois, aquele apodrecimento instantâneo das coisas em que se apoiava? [...] Nada, afinal, valia a pena procurar-se; tudo mentia! Cada sorriso ocultava um bocejo de enfado, cada alegria uma maldição, todo prazer o seu desgosto, e o melhor de todos os beijos não deixavam aos lábios senão uma irrealizável ânsia de voluptuosidades mais intensas.
 Preferiria que Charles lhe batesse, para poder com mais justiça detestá-lo, vingar-se dele. Por vezes assustava-se com as atrozes conjecturas que lhe vinham à ideia; e era necessário continuar a sorrir, escutar as suas próprias repetições de que ele era feliz, fazer de conta que o era, dar a entender isso aos outros! Enojava-se, entretanto, daquela hipocrisia. Tinha tentações de fugir com Léon para qualquer parte, muito longe, tentar um  destino novo; mas logo se lhe abria na alma um abismo de confusão, cheio de negrume. "Ainda por cima, não me ama", pensava ela; "Qual vai ser o meu futuro? Que ajuda posso esperar, que consolação, que alívio?"

..Gostava do mar apenas pelas suas tempestades e da verdura só quando a encontrava espalhada entre ruínas. Tinha necessidade de tirar de tudo uma espécie de benefício pessoal e rejeitava como inútil o que quer que não contribuísse para a satisfação imediata de um desejo do seu coração - tendo um temperamento mais sentimental do que artístico e interessando-se mais por emoções do que por paisagens..

domingo, 1 de julho de 2012

Persuasão


 

Começei a ler Persuasão de Jane Austen. Ele nos fala sobre o amor de uma forma genuína, pura e extremamente forte e imbatível. A trama se baseia na espera do casal que tanto se ama, mas que por circunstâncias adversas, acabam separados um do outro, porém mantendo acesa a chama da paixão.
Anne Elliot, filha de Walter Elliot, baronete de Kellynch Hall, a qual sete anos antes dos eventos narrados no romance, apaixona-se por Frederick Wentworth, inteligente, ambicioso, mas pobre, e é impedida pela família de contrair matrimônio com o mesmo.
Aos vinte e sete anos, Anne reencontra o ex-noivo, agora um oficial da marinha, interessado em sua vizinha, Louisa Musgrove, que é também concunhada de Anne, pois é irmã de Charles, casado com Mary.

Anne percebe que ainda ama Wentworth e tem de lidar com a convivência num ambiente em que ele se torna frequente e com a possibilidade de ser deixada de lado em favor de Louisa. É apenas quando Anne reconhece seus sentimentos íntimos como verdadeiros, que a persuasão se completa.
Anne nunca esqueceu seu grande amor, e inclusive recusou outros pedidos de casamento, encontrando-se hoje em idade avançada e sem o "frescor da juventude". O romance se passa então, nesse estranho momento de reencontro, sempre com a fantástica ironia de Jane Austen, retratando satiricamente a sociedade hipócrita de então.

 
Persuasão foi o último romance de Jane Austen e foi publicado em 1818, com a autora já falecida.