...Que Deus lhe de em DOBRO tudo o que me desejar!!!

ॐ O DEUS em meu coração saúda o DEUS em seu coração..seja você quem for!!! O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você!.. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti!.. O Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você!.. A minha essência saúda a sua essência!!








terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Já estou com...Saudades de Macondo!!!

 Acabei de ler!!!..O melhor livro que li na minha vida!!!linda demais esta história...O livro é único e inesquecível, e qualquer repertório de adjetivos é incapaz de descrevê-lo"
O livro Cem Anos de solidão é perfeito, pela riqueza de detalhes, pela criação e exploração de um universo fantástico e, por que não dizer, da criação do melhor final que já li em minha vida. García Márquez consegue introduzir o leitor em um mundo único, numa realidade paralela, e desenvolve a história com brilhantismo.
No último capítulo me arrepiei de emoção, que foi crescente e me fez chegar na última palavra com lágrimas nos olhos. Não somente pela história, mas principalmente pela felicidade de saber que o ser humano é capaz de inventar algo tão sensível como Cem Anos de Solidão.
"E choveu por quatro anos, onze meses e dois dias".
No final, você se sente um integrante da família Buendía..

Neste ponto, impaciente por conhecer a sua própria origem, Aureliano deu um salto. Então começou o vento, fraco, incipiente, cheio de vozes do passado, de murmúrios de gerânios antigos, de suspiros de desenganos anteriores às nostalgias mais persistentes. Não o percebeu porque naquele momento estava descobrindo os primeiros indícios do seu ser, num avô concupiscente que se deixava arrastar pela frivolidade através de um ermo alucinado em busca de uma mulher formosa a quem não faria feliz. Aureliano o reconheceu, perseguiu os caminhos ocultos da sua descendência e encontrou o instante da sua própria concepção entre os escorpiões e as borboletas amarelas de um banheiro crepuscular, onde um operário saciava a sua luxúria com uma mulher  que se entregava a ele por rebeldia. Estava tão absorto que também não sentiu a última arremetida do vento, cuja potência ciclônica arrancou das dobradiças as portas e as janelas, esfarelou o teto da galeria oriental e desprendeu os cimentos. Só então descobriu que Amaranta Úrsula não era sua irmã, mas sua tia, e que Francis Drake tinha assaltado Riohacha só para que eles pudessem se perseguir  pelos labirintos mais intrincados do sangue, até engendrar o animal mitológico que haveria de pôr fim à estirpe. Macondo já era um pavoroso rodamoinho de poeira e escombros, centrifugado pela cólera do furacão bíblico, quando Aureliano pulou onze páginas para não perder tempo com fatos conhecidos demais e começou a decifrar o instante que estava vivendo, decifrando-o à medida que o vivia, profetizando-se a si mesmo no ato de decifrar a última página dos pergaminhos, como se estivesse vendo a si mesmo num espelho falado. Então deu outro salto para se antecipar às predições e averiguar a data e as circunstâncias da sua morte. Entretanto, antes de chegar ao verso final já tinha compreendido que não sairia nunca daquele quarto, pois estava previsto que a cidade dos espelhos (ou das miragens) seria arrasada pelo vento e desterrada da memória dos homens no instante em que Aureliano Babilônia acabasse de decifrar os pergaminhos e que tudo o que estava  escrito neles era irrepetível desde sempre e por todo o sempre, porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dez dicas para tornar-se um bom leitor



Dica 1: Preste atenção. Essa é a regra de ouro. Para entender bem um texto, é preciso se desligar do mundo ao seu redor. Esqueça as contas não pagas, as mídias sociais e os telefonemas. O momento é só seu e do seu livro companheiro.

Dica 2: Saiba por que você está lendo. É entretenimento ou estudos? Essa clareza de objetivos facilita a compreensão – e também a diversão!

Dica 3: Familiarize-se com o capítulo antes de lê-lo por completo. Em vez de começar um novo trecho do livro do zero, dê uma rápida olhada por todas as páginas. Leia o título e subtítulo, a introdução e o primeiro parágrafo, a primeira frase depois de cada subtítulo, o último parágrafo e o resumo. Isso o deixa mais alerta e focado.

Dica 4: Faça anotações ao longo do texto. Não economize no uso de marca-textos e post-its! As notas ajudam a lembrar as passagens que você julgou mais importantes ao longo do caminho.

Dica 5: Não releia várias vezes uma mesma frase. Tente ler atentamente da primeira vez. Se você tiver de reler um trecho muitas vezes, talvez não esteja focado o bastante na leitura.

Dica 6: Varie a sua velocidade de leitura. Se o livro é difícil, leia mais devagar. Se é uma obra mais leve, aperte o botão de turbo. Parece uma técnica óbvia, mas muitas pessoas leem sempre com a mesma intensidade!

Dica 7: Começou? Então não pare! Se você tiver dúvida, releia algum trecho (mas não demais, lembre da dica 5!). Se já dominou tudo, então siga adiante. O segredo é não perder o embalo.

Dica 8: Melhore o seu ambiente de leitura. É, tem gente que consegue ler em pé num ônibus movimentado e quem sabe até de cabeça para baixo! Mas, convenhamos: a maioria de nós precisa de um lugarzinho tranquilo para devorar uma obra com qualidade.

Dica 9: Priorize. Não dá para ler tudo ao mesmo tempo, por mais que a gente queira! O jeito é criar uma lista com as suas prioridades.

Dica 10: Pratique! Um bom leitor lê muito e sempre. Se você quer melhorar as suas táticas de leitura, não há estratégia melhor do que praticar
 Uma boa tarde!!!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cem anos de solidão....Renata Remedios (Meme)


      Ficou louca por ele. Perdeu o sono e o apetite e se afundou tão profundamente na solidão que até o pai se transformou num estorvo para ela....

Pagina 324
Cem anos de Solidão

May It Be ...Enya



Pode ser, que uma estrela do anoitecer

Brilhe sobre você

Pode ser, que quando a escuridão cair

O seu coração será verdadeiro

Você caminha uma estrada solitária

Oh! Como você está longe de casa

Mornie utúlien (a escuridão chegou)

Acredite, e encontrará seu caminho

Mornie alantie (a escuridão caiu)

Uma promessa vive dentro de você, você sabe

Pode ser, que quando as sombras chamarem,

Você voará para longe

Pode ser, que sua jornada

Seja para iluminar o dia

Quando a noite está vencendo

Você surgirá para encontrar o sol

Mornie utúlien (a escuridão chegou)

Acredite, e encontrará seu caminho

Mornie alantie (a escuridão caiu)

Uma promessa vive dentro de você

Uma promessa vive dentro de você agora

Linda demais essa música
May It Be de Enya tocada em Trilha Sonora do Filme O Senhor dos Anéis
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

La vita è adesso - Renato Russo

A vida é agora, no velho albergue
da Terra, e cada um num
quarto e numa história, de manhãs mais leves
E céus à margem de esperança e de silêncios de escutar,
E te surpreenderás a cantar,
Mas não sabes porque a vida é agora,
Nas tardes apenas frescas
Que te dá sono e os sinos
volteiam as nuvens, e chove
sobre os cabelos e sobre as mesinhas
dos cafés lá fora,
E te perguntas incerto: quem és tu, és
Tu, és tu, és tu
Es tu que empurras para frente o coração, e o trabalho duro
De ser homem e não saber, o que será o futuro;
É és tu no tempo que nos faz maiores e sozinhos no meio
do mundo,
Com a ânsia de procurar juntos, um bem mais profundo
E um outro que te dê descanso, E que se curve diante de ti
Esperando de querer-se mais, sem entender o que é,
E tu, que me trocas olhares, neste instante
imenso,
Sobre o rumor das pessoas, dize-me se isto tem um
sentido;
A vida é agora, no ar suave..após um jantar
E caras de crianças contra as vidraças e os prados que se esfregam como gatinhos e estrelas que se juntam nos lampiões, Milhões,
Enquanto te perguntares onde está você,
estás tu, estás tu, estás tu,
És tu que levarás o teu amor através de cem e mil
caminhos..
Porque não tem mais fim a viagem, mesmo se um sonho
acaba;
É você que tem um vento novo entre os braços,
Enquanto você vem ao meu encontro
E aprenderá que para morrer, bastará um acaso.
Numa alegria que faz mais mal que uma tristeza,
E em qualquer tarde te encontrarás, não te jogues fora
E não deixe passar um dia para descobrir a ti mesmo!!
Filho de um céu tão belo!! porque a vida é agora!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Quarta Geração... Remédios, a Bela

No livro Cem Anos de Solidão esse personagem chama muito atenção.. Remedios, a bela, é uma garota que cresceu sem malícias ou pensamentos complexos. Queria apenas viver, comer, dormir. Não entendia por que as pessoas complicavam a vida. Achava natural andar nua e ria na cara dos homens que a pediam em casamento. Certo dia, sobe aos céus de corpo e alma.
...Remédios, a bela, era na verdade o ser mais lúcido que havia conhecido na vida, e que o demonstrava a cada momento com a sua assombrosa habilidade para zombar de todos, abandonaram-na ao deus-dará. Remedios, a bela, ficou vagando pelo deserto da solidão, sem cruzes nas costas, amadurecendo nos seus sonos sem pesadelos, nos seus banhos intermináveis, nas suas refeições sem horários, nos seus profundos e prolongados silêncios sem lembranças, até uma tarde de março em que Fernanda quis dobrar os seus lençóis de linho no jardim e pediu ajuda às mulheres da casa. Mal haviam começado, quando Amaranta advertiu que Remedios, a bela, chegava a estar transparente de tão intensamente pálida.
      — Você está se sentindo mal? — perguntou a ela.
      Remedios, a bela, que segurava o lençol pelo outro extremo, teve um sorriso de piedade.
      — Pelo contrário — disse — nunca me senti tão bem.
      Acabava de dizer isso quando Fernanda sentiu que um delicado vento de luz lhe arrancava os lençóis das mãos e os estendia em toda a sua amplitude. Amaranta sentiu um tremor misterioso nas rendas das suas anáguas e tratou de se agarrar no lençol para não cair, no momento em que Remedios, a bela, começava a ascender. Úrsula, já quase cega, foi a única que teve serenidade para identificar a natureza daquele vento irremediável e deixou os lençóis à mercê da luz, olhando para Remedios, a bela, que lhe dizia adeus com a mão, entre o deslumbrante bater de asas dos lençóis que subiam com ela, que abandonavam com ela o ar dos escaravelhos e das dálias e passavam com ela através do ar onde as quatro da tarde terminavam, e se perderam com ela para sempre nos altos ares onde nem os mais altos pássaros da memória a podiam alcançar.. 
Trecho de "Cem anos de Solidão" - Gabriel García Márquez 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Rebeca Buendía...

Minha personagem favorita do livro Cem Anos de solidão é a Rebeca. MAS AMO TODOS os personagens!!!  
 Filha adotiva de Úrsula e José Arcadio. Chega a Macondo procedente de uma cidade vizinha, tendo perdido seu pai e sua mãe, que embora José Arcádio Buendía e Úrsula Iguarán não se lembrem, teriam se conhecido há muito tempo atrás, assim como afirma a misteriosa carta que Rebeca trazia consigo na chegada à Macondo. Trouxe, também da aldeia, o estranho hábito de comer terra quando se sentia aflita e desesperada. Torna-se namorada de Pietro Crespi, professor de boas maneiras, entretanto acaba se entregando a paixão por José Arcádio, seu irmão de criação, do qual se torna esposa.
 Louca de desespero, Rebeca se levantou à meia-noite e comeu punhados de terra no jardim, com uma avidez suicida, chorando de dor e de fúria, mastigando minhocas macias e espedaçando os dentes nas cascas dos caracóis. Vomitou até o amanhecer. 
..Afundou-se num estado de prostração febril, perdeu a consciência e o coração se abriu num delírio sem pudor. Úrsula, escandalizada, forçou a fechadura do baú e encontrou no fundo, atadas com fitas cor-de-rosa, as dezesseis cartas perfumadas e os esqueletos de folhas e pétalas conservadas em livros antigos e as borboletas secas que, ao tocá-las, se converteram em pó...
Trecho de Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A tristeza é um muro entre dois jardins....



Aprendi silêncio com os falantes, tolerância com os intolerantes, e gentileza com os rudes ; ainda, estranho, sou grato a esses professores. 
Khalil Gibran
 
 Ajuda-me, Senhor a expressar com minhas palavras Tua verdade envolta em Tua beleza.
Khalil Gibran 
 
 ''As grandes dores são mudas''. Khalil Gibran

Igraine...

...Nesse momento, ela ouviu a voz de Merlin dizendo sombriamente:
"....Cuidado com aquilo que deseja, pois certamente lhe será concedido.."

Brumas de Avalon 
pagina 86

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Todo o inferno está contido nesta única palavra: solidão. Victor Hugo



...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Clarice Lispector

Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
por amor.
Clarice Lispector


Eu tenho que ser minha amiga, senão não agüento a solidão. Quando estou sozinha procuro não pensar porque tenho medo de de repente pensar uma coisa nova demais para mim mesma. Falar alto sozinha e para "o quê" é dirigir-se ao mundo, é criar uma voz potente que consegue - consegue o quê?
in Um Sopro de Vida
Clarice Lispector

Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos.
Orson Welles
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
Clarice Lispector
 





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sentir com inteligência....pensar com emoção

 
"Claro, poderíamos fazer tudo por amor. Mas...ah, o amor! Melhor não sobrecarregá-lo, né? Melhor deixar florescer ao seu modo. Onde e quando menos se espera. Frágil e imortal".
Humberto Gessinger - Nas entrelinhas do Horizonte. Pag. 130.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cuscuz de frango e palmito

A receita é super fácil...faço sempre!!!!Bom demais!!!

Cuscuz de frango e palmito
300 a 400 gramas de peito de frango sem osso
2 colheres de sopa de óleo de milho
1 cebola picada
1/2 lata de molho de tomate
1 lata de milho verde
1/2 xícara de azeitonas verdes
1/2 xícara de ervilhas frescas (congeladas)
1 vidro pequeno de palmito
2 xícaras de chá do caldo que o frango foi cozido
Sal....pimenta a gosto
1/2 xícara de salsinha e cebolinha picadas
1 xícara de cha de farinha de milho.....(eu não uso a flocada!! se for usar triture um pouco no processador)
Tempere o frango, refogue e coloque um pouco de água para cozinhar, reservando esse caldo. Retire o frango já cozido e desfie.
Coloque em uma panela o óleo, cebolas e o frango desfiado....acrescente o caldo de frango reservado + o molho de tomate, pimenta e o sal, deixe ferver por 10 minutos, coloque então o restante dos ingredientes, menos a farinha e o cheio verde...deixe engrossar um pouco...fervendo mais um pouco...Unte uma forma com óleo e decore com palmitos em rodelas, azeitonas ervilhas...etc
Acrescente o cheiro verde e a farinha aos poucos, com cuidado pra não deixar a massa seca...Retire do fogo coloque na forma já decorada, apertando bem, com uma colher. Desenforme quando estiver morno!!!!eu amo esse cuscuz!!! espero que façam!!!que gostem!!!! e me falem depois!!!bjos ...fiquem com Deus!!!! ♥

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Jamais permita-se perder a dignidade de ser mulher!

"Jamais permitas que algum homem a escravize, nasceste livre para amar e não para ser escrava.

Jamais permitas que teu coração sofra em nome do amor. Amar é um ato de felicidade, por quê sofrer?

Jamais permitas que teus olhos derramem lágrimas por alguém que jamais fará você sorrir!

Jamais permitas que o uso do teu próprio corpo seja cerceado.O corpo é moradia do espírito, por quê mantê-lo aprisionado?

Jamais te permitas ficar horas esperando por alguém que jamais virá, mesmo tendo prometido.


Jamais permitas que teu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome tu sequer sabes!

Jamais permitas que teu tempo, corpo e coração seja desperdiçado por alguém que nunca terá tempo para ti.

Jamais permitas ouvir gritos em teu ouvido.
O Amor é o único que pode falar mais alto!

Jamais permitas que paixões desenfreadas te transportem de um mundo real para outro que nunca existiu.
Jamais permitas que os outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo.

Jamais acredites que alguém possa voltar quando nunca esteve presente. 

Jamais permitas que teu útero gere um filho que nunca terá um pai. (E se tu o gerar saiba que a dádiva da Mãe-Deusa é apenas Tua, crie e eduque teu filho/filha de modo que possa vir a ter força e jamais tema ser mãe solteira; o pecado está apenas na mente dos fracos.)

Jamais permitas viver na dependência de um homem como se tu tivesses nascido inválida.

Jamais permitas que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar os brilho de teus olhos a dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de ti.
E, sobretudo, jamais permita-se perder a dignidade de ser mulher!" 

Provável código de honra e moral das mulheres sábias e sacerdotisas celtas.


Morgana fala...Prólogo do livro As Brumas de Avalon

Em vida,chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. Na verdade cheguei agora a ser maga e poderá vir um tempo em que tais coisas devam ser conhecidas.Verdadeiramente, porém creio que os cristãos dirão a última palavra.O Mundo das fadas afasta-se cada vez mais daquele em que Cristo predomina.Nada tenho contra Cristo,apenas contra os seus sacerdotes,que chamam a Grande Deusa de Demônio e negam o seu poder no mundo.Alegam que,no máximo esse poder foi de Satã.Ou vestem-na com o manto azul da Senhora de Nazaré - realmente poderosa,ao seu modo -, que,dizem,foi sempre virgem.Mas o que pode uma virgem saber das mágoas e labutas da humanidade? E agora que o mundo está mudado e Artur - meu irmão,meu amante,rei que foi e rei que será - está morto(o povo diz que ele dorme) na ilha sagrada de Avalon, é preciso contas as coisas antes que os sacerdotes do Cristo Branco espalhem por toda parte seus santos e suas lendas.
Pois,como disse,o próprio mundo mudou.Houve um tempo em que um viajante, se tivesse disposição e conhecesse apenas uns poucos segredos,poderia levar sua barca para fora, penetrar o mar do Verão e chegar não ao Glastonbury dos monges,mas à ilha sagrada de Avalon; isso porque, em tal época, os portões entre os mundos vagavam com as brumas e estavam abertos, um após o outro, ao capricho e ao desejo do viajante.Esse é o grande segredo , conhecido por todos os homens cultos de nossa época: pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca,novo a cada dia. E agora os padres, acreditanto que isso interfere no poder de seu deus, que criou o mundo para ser finitamente imutável, fecharam os portões (que nunca foram portões, exceto na mente dos homens), e os caminhos só levam à ilha dos padres, quer eles protegeram com o som dos sinos de suas igrejas, afastando todos os pensamentos de um outro mundo que vive nas trevas. Na verdade,dizem eles,se aquele mundo realmente existe, é propriedade de Satã e a porta do inferno,se não o próprio inferno.
Não sei o que o deus dele poder ter criado ao não.Apesar das histórias contadas, nunca soube muito sobre seus padres e jamais usei o negro de uma de suas monjas-escravas.Se os cortesãos de Artur em Camelot fizeram de mim este juízo, quando lá fui (pois sem usei roupas negas da Grande Mãe em seu disfarce de maga), não os desiludi. E na verdade, ao final do reinado de Artur, teria sido perigoso agir assim, e inclinei a cabeça a conveniência como nunca teria feito a minha grande senhora, Viviane Senhora do Lago, que depois de mim foi a maior amiga de Artur, para se transformar mais tarde em sua maior inimiga, também depois de mim.
A luta, porém, terminou. Pude finalmente saudar Artur, em sua agonia, não como meu inimigo e o inimigo de minha Deusa,mas apenas como meu irmão e como um homem que ia morrer e precisava da ajuda da Mãe, para qual todos os homens finalmente voltam. Até mesmo os sacerdotes sabem disso, com sua Maria sempre-virgem em seu manto azul, pos ela, na hora da morte, também se transforma na Mãe do Mundo. E assim, Artur jazia enfim com a cabeça em meu colo, vendo-me não como irmã, amante ou inimiga, mas apenas como maga, sacerdotisa, Senhora do Lago; descansou, portanto, no peito da Grande Mãe, se onde nasceu, e para quem, como todos os homens tem de finalmente voltar. E talvez - enquanto eu guiava a barca que o levava, desta vez não a ilha dos padres, mas a verdadeira ilha sagrada no mundo das trevas, que fica além do nosso, para a ilha de Avalon,aonde agora poucos, além de mim, poderiam ir - ele estivesse arrependido da inimizade surgida entre nós.
Ao contar esta história, falarei por vezes coisas que ocorreram quando eu ainda era demasiado jovem para compreendê-las ou quando não estava presente.Meu leitor fará uma pausa e dirá,talvez: "Esta é a sua magia".Mas eu sempre tive o dom da Visão, de ver o interior da mente de homens e mulheres; e, durante todo esse tempo, estive perto de todos. Assim, por vezes, tudo o que pensavam era do meu conhecimento, de uma forma ou de outra. Por isso, contarei esta história. Um vez também os padres a contarão, tal como a conhecem. Talvez entre as duas se possam perceber alguns lampejos de verdade. O que os sacerdotes não sabem, com o seu Deus Uno e a sua Verdade Única, é que não existe história totalmente verdadeira. A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon; o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e talvez, no fim, cheguemos à sagrada ilha da eternidade, ao aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e o inferno e danação... Mas talvez eu seja injusta com eles. Até mesmo a Senhora do Lago, que odiava a batina do padre tanto quando teria odiado a serpente venenosa, e com boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles.
Todos os deuses são um só Deus, disse ela, então como já dissera muitas vezes antes, e como eu repeti para minhas noviças inúmeras vezes, e como toda sacerdotisa, depois de mim, há de dizer novamente, "e todas as deusas são uma só Deusa, e há apenas um iniciador, E a cada homem a sua verdade, e Deus com ela." Assim, talvez a verdade se situe em algum ponto entre o caminho para Glastonbury,a ilha dos padres, e o caminho de Avalon, perdido para sempre nas brumas do mar do Verão. Mas esta é a minha verdade; eu, que sou Morgana, conto-vos estas coisas,Morgana, que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada.

In:As Brumas de Avalon pág:13, prólogo.

As Brumas de Avalon ....começando a ler!!!

 Estou lendo Cem anos de solidão, mais nunca consigo ficar lendo só um livro, vou intercalar as minhas leituras então vou começar a ler as Brumas de Avalon!!!

A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore são os quatro volumes que compõem As Brumas de Avalon  
A grande obra de Marion Zimmer Bradley, que reconta a lenda do rei Artur através da perspectiva de suas heroínas.
Guinevere se casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote. Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias conseqüências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres cristãos, apesar de ser juramento de respeitar a velha religião de Avalon. Além da mãe de Artur, Igraine e de Viviane, a Senhora do Lago que é a Grande Sacerdotisa de Avalon, uma outra mulher é fundamental na trama: Morgana, a irmã de Artur. Ela é vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em a sua grande rival. Sendo uma sacerdotisa de Avalon, ela tem a Visão, o que a transforma em uma mulher atormentada. Trata-se, acima de tudo, da história do conflito entre o cristianismo, representado por Guinevere, e da velha religião de Avalon, representada por Morgana. Ao acompanhar a evolução da história de Guinevere e de Morgana, e o destino das terras que mais tarde seriam conhecidas com Grã-Bretanha.

Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos. 

  "Avalon estará sempre ali para todos os que puderem buscar o caminho, por todos os séculos e além dos séculos. Se não puderem encontrar o caminho de Avalon, isso talvez seja um sinal de que não está prontos pra isso. "

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Jules Shear - Steady.

Essa música é lindaa!!amo...amo!!
Eu lembro de tanta coisa boa!!

Anos 80

Friends, they call me on the phone

Cause I'm steady, I'm steady

Talk about unhappy homes

Cause I'm steady, I'm steady

Though I don't like to let it show, I got troubles of my own
We push and pull and we fall apart

I'm not gonna die of a broken heart

I just don't want to stop and start

Cause I'm steady, I'm steady

Day to day is so unsure

But I'm steady, I'm steady

I watch people crash and soar

But I'm seady, I'm steady

The more they try so hard to change

The more they stay the same

We push and pull and we fall apart

I'm not gonna die of a broken heart

I just don't want to stop and start

Cause I'm steady, I'm steady

We're faced with so much back and forth

I don't need no ups and downs

We push and pull and we fall apart

I'm not gonna die of a broken heart

I just don't want to stop and start

Cause I'm steady, I'm steady, I'm steady

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”.

Publicada em 1945, A Revolução dos Bichos de George Orwell foi imediatamente interpretada como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Russa, chegando a ter sido utilizada pela propaganda anticomunista. 
“TODOS IGUAIS, MAS UNS MAIS QUE OUTROS”.
Esse livro mexeu comigo tanto que no final eu chorei ,de pura indignação e revolta!
 A história é bem forte e realista, pois apesar de ser apresentada como uma fábula, por provocar tantos sentimentos na gente, profundas reflexões sobre o mundo atual.. não é à toa que Revolução do Bichos é um dos grandes clássicos da literatura mundial

O sonho de um velho porco de criar uma granja governada por animais, sem a exploração dos homens, concretiza-se com uma revolução. Como acontecem com as revoluções, a dos bichos também está fadada à tirania, com a ascensão de uma nova casta ao poder. Nesta fábula feita sob medida para a Revolução Russa, todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros.
Tudo começa quando os animais, cansados de serem explorados pelos donos, ouvem um discurso de um velho porco, Major.
“O homem é o nosso verdadeiro e único inimigo. Retire-se da cena o Homem e a causa principal da fome e sobrecarga de trabalho desaparecerá para sempre.”
A história, vai desde a expulsão de Jones até a "transformação completa de Napoleão em "humano" durou aproximadamente 6 anos. Na Granja do Solar, situada perto da cidade de Willingdon (Inglaterra), viviam bichos, que como dono tinham o Sr. Jones. O Velho Major (porco) teve um sonho, sobre uma revolução em que os bichos seriam auto-suficientes, sendo todos iguais. Era o princípio do Animalismo. O Major morreu, mas mesmo assim os animais colocaram em prática a idéia do líder, fazendo a Revolução dos Bichos
Três dias depois o Major morreu, entretanto, sua ideologia foi sistematizada e chamada de “animalismo” por dois porcos: Bola-de-Neve e Napoleão. Pouco depois a revolução dos bichos estourou, eles tomaram a Granja do Solar e esta se passou a chamar “Granja dos Bichos”. A partir daí, o livro passa a retratar como os bichos se organizaram num sistema parecido com o socialismo, mas que acaba virando um totalitarismo.

A Revolução que se deu por idéia do "Major", tinha por princípio básico a igualdade; sendo assim, o Animalismo corresponde ao Socialismo, regime em que não existe propriedade privada e em que todos são iguais, e todos trabalham para o bem comum.
A princípio, houve um socialismo democrático, em que todos participavam de assembléias, dando idéias e sugestões, liderados por Bola-de-Neve, bem aceito pelos animais em geral. Napoleão representa o desejo da onipotência, do poder absoluto e, para conseguir seus objetivos, tudo passa a ser válido: mentiras, traições, mudanças de regras. 

Os 7 mandamentos do Animalismo!!!
1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais

Tempos depois instaurava-se na Granja uma verdadeira Ditadura, não há liberdade de expressão, direito a opiniões etc. Na sede pelo poder e pela riqueza, Napoleão entra em contato com os homens para com eles negociar, comprar, vender, enfim, acumular riquezas e tudo graças ao trabalho dos animais, verdadeiros empregados mal – remunerados, ajudando o "patrão" a ter regalias, bens materiais, capital. A situação fica mais crítica do que quando Jones era o dono da Granja porque, mais do que nunca, os direitos humanos, ou seja, dos animais foram violados de forma cruel e tendo conseqüências gravíssimas como a morte de alguns, o desaparecimento de outros e muita tortura. 

  A história nos mostra os dois tipos de dominação existentes – a dominação pela sedução: Garganta (departamento de propaganda do governo) persuadia os animais com seus argumentos convincentes e eles aceitavam pacificamente as mudanças efetuadas, e a Dominação pela força bruta: quem se rebelasse contra as ordens era punido fisicamente, torturado por cães treinados e levados até à morte.



“(…) Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um  homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco.”