...Que Deus lhe de em DOBRO tudo o que me desejar!!!

ॐ O DEUS em meu coração saúda o DEUS em seu coração..seja você quem for!!! O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você!.. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti!.. O Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você!.. A minha essência saúda a sua essência!!








quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio.

"Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras; sou irritável e piro facilmente; também sou muito calma e perdôo logo; não esqueço nunca; mas há poucas coisas de que eu me lembre; sou paciente, mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes; as pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão; gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo; nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrando? Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo; se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz; quanto a minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz; outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim - a do mundo grande e aberto; apesar do meu ar duro, sou cheia de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza...”
Clarice Lispector



"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."
Clarice Lispector





"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."
Clarice Lispector




Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.
Clarice Lispector




É que por enquanto a metarmofose de mim em mim mesma não faz sentido. É uma metamorfose em que eu perco tudo o que tinha, e o que sou. E agora o que sou? Sou: estar de pé diante de um susto. Sou: o que vi. Não entendo e tenho medo de entender, o material do mundo me assusta, com seus planetas e baratas.
Clarice Lispector





Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.”
Clarice lispector


Ando de um lado para outro, dentro de mim.
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Clarice Lispector

“Se o amor é verdadeiro não existe sofrimento.”




Quem pensa por si só é livre e ser livre é coisa muito séria.




“Estou num momento complicado, difícil, mas estou sereno. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.” 




A felicidade mora aqui comigo até segunda ordem.
Renato Russo
 
 
 
"Nunca chore diante das pessoas que não entendem o siginificado de suas lágrimas porque amar é uma arte mais nem todo mundo é artista."
Renato Russo
 
 
Minha vida toda espera algo de mim.
Renato Russo
 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cativar!!!


"(...) Que quer dizer " cativar? "
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa- Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente -disse a raposa.- Tu não és pra mim, senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu, também não tem necessidades de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás pra mim, único no mundo. E eu, serei pra ti, única no mundo.
Minha vida é monótona, eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem, e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco.
Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos, que será diferente dos outros. Os outros passos, me fazem entrar debaixo da terra. Os teus, me chamarão pra fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim, não vale nada. Os campos de trigo, não me lembram coisa alguma. E isso, é triste!

Mas tu, tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
- Por Favor... cativa-me! -disse ela.
- Eu até gostaria -disse o principezinho- mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir, e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem, as coisas que cativou -disse a raposa- Os homens, não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? -perguntou o pequeno príncipe.
- É preciso ser paciente. -respondeu a raposa- Tu te sentarás primeiro, um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu, não dirás nada. A linguagem, é uma fonte de mau-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto...

Assim, o pequeno príncipe, cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua -disse o principezinho- Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis -disse a raposa.
- Mas tu, vais chorar! - Disse ele.
- Vou -disse a raposa.
- Então, não terás ganho nada!
- Terei sim, -disse a raposa- por causa da cor do trigo."
" A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar."

(( O Pequeno Príncipe/ Antoine de Saint- Exupéry ))
 
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Amor não deveria ser exigente, senão, ele perde as asas e não pode voar...



 Torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele...ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo;o motivo se torna sua definição, sua froteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragância do coração.

E o fato de não haver desejo de algum resultado não quer dizer que não haja resultados.
Há sim,e eles acontecem mil vezes mais, porque tudo o que damos ao mundo retorna e ressoa.
O mundo é um lugar que faz eco.Se atirarmos raiva voltará;
se dermos amor, o amor voltará.
Mas, esse é um fenômeno natural, e não precisamos pensar sobre ele.
Podemos confiar:

 Isso acontece por si mesmo. Esta é a lei do carma: Tudo o que você semeia, você colhe; tudo o que você dá,você recebe...
 Assim, não há necessidade de pensar a respeito, é automático. Odeie, e será odiado; ame; e será amado.


Sempre que houver alternativas, tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso.
Opte pelo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as consequências.
Osho
 Ser feliz é a maior coragem. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem ...é um risco tremendo...Diga sim à vida; abandone todos os nãos possíveis.
Osho

domingo, 11 de novembro de 2012

I CAN SEE CLEARLY NOW!!!!!!


I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Gone are the dark clouds that had me blind.
yes,I can make it now the pain is gone.
All of the bad feelings have disappeared.
Here is the rainbow I've been praying for.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Orgulho e Preconceito!!

Eu começei ontem ler esse livro ...estou adorando, Jane Austen escreve de uma forma deliciosa de se ler,
linguagem do livro é linda,tudo tem significado, olhares, toques e frases irônicas.
É um dos maiores clássicos da literatura inglesa, ela escreveu quando tinha apenas apenas 21 anos.

Acredita-se que o livro tenha cerca de 20 milhões de cópias ao redor do mundo.

 
O filme é maravilhoso! Quero assistir de novo quando acabar o livro!!!


 



sábado, 3 de novembro de 2012

Rubem Alves sobre o amor...


E como já dizia o querido  Raulzito!!!!
♫♪...Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade...♫♪"
 ( Raul Seixas - A Maça)
 Essa é a história de uma menina e de um pássaro encantado que se apaixonaram. O pássaro voava para longe e voltava sempre, contando histórias de onde passou. Sofrendo com as constantes partidas do amado, a menina resolveu prende-lo. Engaiolado, o pássaro mudou. Perdeu as cores nas asas; ficou sem canto. 
A menina também se entristeceu e acabou por abrir a gaiola. O pássaro agradeceu e partiu e ela passou a ver o mundo como um lugar encantado. Começou a se enfeitar e a se fazer bela, sempre à espera de um reencontro.

As pessoas que não sabem viver sozinhas estão o tempo todo mendigando aprovação das outras. É preciso aprender a viver só, aprender a fazer silêncio, para poder conviver com o outro, porque dentro de cada um mora uma grande solidão. 
Há um lugar dentro da gente que ninguém vai, somente nós. E nem nós mesmos sabemos como é esse lugar. Então temos que aprender a respeitar a solidão do outro e a nossa própria solidão. Há pessoas que não suportam a solidão do outro, acham que, quando o outro quer ficar sozinho, é uma indicação de que ele não está amando
 Rubem Alves 
 
 Precisamos Amar. Mesmo que isso nos leve à terras onde os lagos são feitos de Lagrimas.
"Paulo Coelho"
 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Trechos que mais gostei .....do livro Perto do Coração selvagem


São alguns trechos do livro que acabei de ler ontem..Achei maravilhoso, Clarice Lispector expõem os sentimentos de suas personagens de forma escancaradamente humana.Com toda a beleza e feiúra que nos atormenta a alma.
Há momentos na história em que os pensamentos dela são idênticos aos meus..que eu me surpreendo.

 Clarice Lispector desvenda nossa alma!!!



...E um dia virá, sim, um dia virá em mim a capacidade tão vermelha e afirmativa quanto clara e suave, um dia o que eu fizer será cegamente seguramente inconscientemente, pisando em mim na minha verdade, tão integralmente lançada no que fizer que serei incapaz de falar, sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, e eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há de temer, que tudo que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim...o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência,  eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado coroendo o futuro!! O que eu disser soará fatal inteiro!! Não haverá nenhum espaço dentro de mim para eu saber que existe o tempo, os homens, as dimensões,não haverá nenhum espaço dentro de mim para notar sequer que estarei criando instante por instante, não instante por instante: sempre fundido, porque então viverei, só então viverei maior do que na infância, serei brutal e mal feita como uma pedra, serei leve e vaga como o que se sente e não se entende, me ultrapassarei em ondas, ah, Deus e que tudo venha sobre mim, até a incompreenção de mim mesma em certos momentos brancos porque basta me cumprir e então nada impedirá meu caminho até morte-sem-mêdo, de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo...



Carregou consigo o corpo doente, um ferido incômodo durante os dias. A leveza fora substituída por miséria e cansaço. Saciada - um animal que matara sua sede inundando seu corpo d'água. Mas ansiosa e infeliz como se apesar de tudo restassem terras ainda não molhadas, áridas e sedentas. Sofreu sobretudo de incompreensão, sozinha, atônita. Até que encostando a testa no vidro da janela - rua quieta, a tarde caindo, o mundo lá fora -, sentiu o rosto molhado. Chorou livremente, como se esta fosse a solução. As lágrimas corriam grossas, sem que ela contraísse um só músculo da face. Chorou tanto que não soube contar. Sentiu-se depois como se tivesse voltado às suas verdadeiras proporções, miúda, murcha, humilde. Serenamente vazia. Estava pronta.




Julgava mais ou menos isso: o casamento é o fim, depois de me casar nada mais poderá me acontecer. Imagine: ter sempre uma pessoa ao lado, não conhecer a solidão. - Meu Deus! - não estar consigo mesma nunca, nunca. E ser uma mulher casada, quer dizer, uma pessoa com destino traçado. Daí em diante é só esperar pela morte. Eu pensava: nem a liberdade de ser infeliz se conserva porque se arrasta consigo outra pessoa. Há alguém que sempre a observa, que a perscruta, que acompanha todos os seus movimentos. E mesmo o cansaço da vida tem certa beleza quando é suportado sozinha e desesperada - eu pensava. Mas a dois, comendo diariamente o mesmo pão sem sal, assistindo à própria derrota na derrota do outro... Isso sem contar com o peso dos hábitos refletidos nos hábitos do outro, o peso do leito comum, da mesa comum, da vida comum, preparando e ameaçando a morte comum. Eu sempre dizia: nunca.

 


Uma vez dividiu-se, inquietou-se, passou a sair e a procurar-se. Foi a lugares onde se encontravam homens e mulheres. Todos disseram: felizmente despertou, a vida é curta, precisa-se aproveitar, antes ela era apagada, agora é que é gente. Ninguém sabia que ela estava sendo infeliz a ponto de precisar buscar a vida.


Tudo, tudo, repete misteriosamente. Cerra as janelas do quarto - não ver, não ouvir, não sentir. Na cama silenciosa, flutuante na escuridão, aconchega-se como no ventre perdido e esquece. Tudo é vago, leve e mudo. 




"Se o brilho das estrelas dói em mim, se é possível essa comunicação distante, é que alguma coisa quase semelhante a uma estrela trêmula dentro de mim.

 Eis-me de volta ao corpo. Voltar ao meu corpo. Quando me surpreendo ao espelho assusto-me. Mal posso acreditar que tenho limites, que sou recortada e definida. Sinto-me espalhada no ar, pensando dentro das criaturas, vivendo nas coisas além de mim mesma."