Hoje acabei de ler o Livro "A Hora da Estrela"
de Clarice Lispector achei maravilhoso..a triste realidade da nordestina Macabea..contagia e prende no livro.. parece que ela gruda na gente como "Melado pegajoso"como descreve narrador Rodrigo...provoca na gente vários sentimentos...e adorei isso..faz pensar em toda vida tão cor, tão sem emoção da personagem...me apaixonei por Macabeia, pela sua simplicidade sua medíocre trajetória no Rio de Janeiro aos 19 anos, moradora de um quarto de pensão que divide com quatro balconistas das Lojas Americanas. Macabéa é moça raquítica, feia, solitária e morrinhenta, além de ser uma datilógrafa de segunda categoria. Alienada, sonsa, adora ouvir a Rádio Relógio, coleciona pequenos anúncios num álbum e gostaria de ser artista de cinema. Trata-se de uma jovem sem qualquer tipo de vida interior, sem futuro ...e sua morte tão sozinha como foi sua vida..e sua última frase "Quanto ao futuro"
A novidade da criação que é a criação de um narrador masculino (único na obra de Clarice) para relatar o drama de Macabéa. Por ser homem, Rodrigo S.M, poderia ter uma visão menos intimista e sentimental e, portanto, mais capaz de entender a extensão da realidade concreta.
Que não se esperem, então, estrelas no que se segue: nada cintilará, trata-se de matéria opaca e por sua própria natureza desprezível por todos. (...) Limito-me a contar as fracas aventuras de uma moça numa cidade toda feita contra ela. (...)
O seu viver é ralo.(...)
Mas eu, que não chego a ser ela, sinto que vivo para ela. (...)
Essa história será um dia o meu coágulo... (...)
Vejo a nordestina se olhando ao espelho e – um rufar de tambor – no espelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto nós nos intertrocamos. (...)
A palavra realidade não lhe dizia nada. (...)
Ela somente vive, inspirando e expirando, inspirando e expirando. (...)
Nenhuma coisa importante jamais acontecera em sua vida: Mas vivia em tanta mesmice que de noite não se lembrava
Só uma vez se fez uma trágica pergunta: quem sou eu. Assustou-se tanto que parou completamente de pensar. (...)
“Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não, sabia para quê, não se indagava. (...)Sua vida era uma longa meditação sobre o nada. Só que precisava dos outros para crer em si mesma, senão se perderia nos sucessivos e redondos vácuos que havia nela. (...)
Encontrar-se consigo própria era um bem que até então ela não conhecia.(...)
Escrito quando um câncer a corroia, A hora da estrela é a tentativa da autora de fugir da sufocante introspecção das obras anteriores (“...não agüento ser apenas mim, preciso dos outros para me manter em pé...”), criando um texto que tivesse alguma abertura para o mundo exterior.
Que não se esperem, então, estrelas no que se segue: nada cintilará, trata-se de matéria opaca e por sua própria natureza desprezível por todos. (...)
Nenhuma coisa importante jamais acontecera em sua vida:
Só uma vez se fez uma trágica pergunta: quem sou eu. Assustou-se tanto que parou completamente de pensar. (...)
“Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não, sabia para quê, não se indagava. (...)
Ela forçou dentro de mim sua existência
Clarice Lispector (A hora da estrela)Estou começando a ler esse livro
do Allan Cohen!!!
Neste guia para a autodescoberta, Alan Cohen recorre a fontes tão díspares quanto o Budismo e a Bíblia, Gandhi, Einstein e o livro Um Curso de Milagres, para mostrar como podemos nos libertar do passado, superando o medo e descobrindo a necessidade fundamental do amor na vida. Uma vez iniciado o caminho que o levará a ser você mesmo, cada desafio será uma nova oportunidade de crescimento, cada escolha uma lição de autoconfiança, cada relacionamento uma renovação da obra de Deus.
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