Acabei de ler...não gostei do livro, Emma Bovary é uma personagem que desperta amor e ódio.
Só posso dizer que odiei Emma do início ao fim do livro. Ela é daquele tipo de pessoa que não se contenta com o que tem. Vive buscando fantasias atrás de coisas irreais. Eu achei a personagem muito egoísta e fria.
Só posso dizer que odiei Emma do início ao fim do livro. Ela é daquele tipo de pessoa que não se contenta com o que tem. Vive buscando fantasias atrás de coisas irreais. Eu achei a personagem muito egoísta e fria.
Madame Bovary é o romance mais conhecido de Gustave Flaubert, que o
levou a ser julgado por ofensa moral e religiosa. Ao se defender das acusações, pronunciou a famosa frase “Emma Bovary c’est moi”.
Nesse romance, o autor chega ao ápice da narrativa longa do século 19, e
busca sempre a palavra exata para descrever os cenários e a mente de
seus personagem. É considerada por alguns autores como a primeira obra da literatura realista.
O romance conta a história de Emma, uma mulher sonhadora
pequeno-burguesa, criada no campo, que aprendeu a ver a vida através da
literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões
provincianos, casa-se com Charles, um médico interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento da filha dá alegria ao indissolúvel casamento ao qual a protagonista se sente presa. Emma, cada vez mais angustiada e frustrada, busca no adultério uma forma de encontrar a liberdade e a felicidade.
Sempre entediada, e
acreditando que a vida foi feita para ser vivida ao máximo. Após cada uma das suas conquistas, ela percebe que a
realização do sonho não lhe trouxe a satisfação necessária, e assim
segue sucessivamente em busca de emoções extremas, encontrando apenas o
prazer momentâneo seguido pelo tédio.
Madame Bovary pode ser vista como uma esposa entediada
que torna-se adúltera ou como uma mulher que teve coragem de ultrapassar os
obstáculos que seu tempo impunha à sua liberdade para buscar o direito de ser
feliz.
“Contudo, não
era feliz, nunca o havia sido. De onde vinha, pois, aquele apodrecimento
instantâneo das coisas em que se apoiava? [...] Nada, afinal, valia a
pena procurar-se; tudo mentia! Cada sorriso ocultava um bocejo de
enfado, cada alegria uma maldição, todo prazer o seu desgosto, e o
melhor de todos os beijos não deixavam aos lábios senão uma irrealizável
ânsia de voluptuosidades mais intensas.
Preferiria que Charles lhe batesse, para poder com
mais justiça detestá-lo, vingar-se dele. Por vezes assustava-se com as
atrozes conjecturas que lhe vinham à ideia; e era necessário continuar a
sorrir, escutar as suas próprias repetições de que ele era feliz, fazer
de conta que o era, dar a entender isso aos outros! Enojava-se,
entretanto, daquela hipocrisia. Tinha tentações de fugir com Léon para
qualquer parte, muito longe, tentar um destino novo; mas logo se lhe
abria na alma um abismo de confusão, cheio de negrume. "Ainda por cima,
não me ama", pensava ela; "Qual vai ser o meu futuro? Que ajuda posso
esperar, que consolação, que alívio?"
..Gostava do mar apenas pelas suas tempestades e da verdura só quando a encontrava espalhada entre ruínas. Tinha necessidade de tirar de tudo uma espécie de benefício pessoal e rejeitava como inútil o que quer que não contribuísse para a satisfação imediata de um desejo do seu coração - tendo um temperamento mais sentimental do que artístico e interessando-se mais por emoções do que por paisagens..
Nenhum comentário:
Postar um comentário