Ó tu doce Rainha Iemanjá que no vai e vem, no doce do balanço das ondas,
reinas absoluta e gloriosa, escutai os teus filhos que em prece oram,
se valem e te rogam pelo alívio do fardo da lida e da dor.
Alivia-nos das agruras da vida, levai consigo todos os nossos problemas para o fundo do mar, todas as guerras, todos os desamores, todos os desencontros, todas as feridas, todas as faltas, ódios e rancores.
Levai para as entranhas do mar todas as vinganças e doenças.
Levai para as profundezas todos os infortúnios que sobre esta terra de sol e mar habitam.
Salve, salve!
Salve Iemanjá, a Rainha do mar!
Alivia-nos das agruras da vida, levai consigo todos os nossos problemas para o fundo do mar, todas as guerras, todos os desamores, todos os desencontros, todas as feridas, todas as faltas, ódios e rancores.
Levai para as entranhas do mar todas as vinganças e doenças.
Levai para as profundezas todos os infortúnios que sobre esta terra de sol e mar habitam.
Salve, salve!
Salve Iemanjá, a Rainha do mar!
Eu fui á beira da praia, pra ver o balanço do mar,
Eu vi um
retrato na areia, me lembrei da Sereia,
Comecei a chamar...O Janaina vem
ver, o Janaina vem cá,
receber suas flores, que venho lhe ofertar.
Banha o meu corpo, limpa minha alma
Renova meu espírito, me abriga em teu íntimo
Mãe d’água Odoyá!
Iemanjá, lemanjá
lemanjá é dona Janaína que vem
Iemanjá, Iemanjá
lemanjá é muita tristeza que vem.. Vem do luar no céu
Vem do luar
No mar coberto de flor, meu bem
De Iemanjá
De lemanjá a cantar o amor
E a se mirar
Na lua triste no céu, meu bem
Triste no mar
lemanjá é dona Janaína que vem
Iemanjá, Iemanjá
lemanjá é muita tristeza que vem.. Vem do luar no céu
Vem do luar
No mar coberto de flor, meu bem
De Iemanjá
De lemanjá a cantar o amor
E a se mirar
Na lua triste no céu, meu bem
Triste no mar
Se você quiser amar
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador
Para ouvir lemanjá
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador
Para ouvir lemanjá
A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar
Bem mais além
Bem mais além
Do que o fim do mar
Bem mais além..
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar
Bem mais além
Bem mais além
Do que o fim do mar
Bem mais além..
Canto de Iemanjá
Vinicius de Moraes
"Alivia a minha alma, faze com que eu sinta que Tua mão está dada à
minha, faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos
na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si
mesmo não significa a morte, faze com que eu sinta uma alegria modesta e diária,
faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa
quanto a pergunta, faze com que me lembre de que também não há explicação porque
um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é
perfeito, faze com que eu receba o mundo sem receio, pois para esse mundo
incompreensível eu fui criada e eu mesma também incompreensível, então é que há
uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara
para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para eu viva com alegria o
pão que eu como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade por mim mesma,
pois senão não poderei sentir que Deus me amou, faze com que eu perca o pudor de
desejar que na hora de minha morte haja uma mão humana amada para apertar a
minha, amém."
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